Adidância Agrícola – Londres/Reino Unido

O comércio agropecuário entre o Brasil e o Reino Unido é antigo e se mistura com a própria história do Brasil. Mercadorias como o café e o açúcar brasileiros têm chegado aos portos de Londres por mais de dois séculos.  

O Reino Unido se tornou Estado Membro da então Comunidade Econômica Europeia em 1973 e a partir dali o comércio de produtos agropecuários respeitou os regulamentos comunitários. Após alguns anos de questionamentos internos de ordem política e da própria sociedade sobre a permanência na União Europeia, um referendo foi realizado em junho de 2016. A população decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia, o que ocorreu formalmente em 31 de janeiro de 2020. 

Desde então, o Reino Unido alcançou autonomia para tomada de decisões desvinculadas da regulação europeia. Essa autonomia tem sido cada vez mais exercida à medida em que há melhor estruturação da máquina pública e legislativa. O processo é complexo, uma vez que há a necessidade de lidar com o arcabouço regulatório herdado da União Europeia e cuidadosamente construir as novas bases regulatórios evitando ocasionar insegurança jurídica, dentre outros riscos. 

Esse momento em especial é de especial importância para os parceiros comerciais do Reino Unido por permitir um novo arranjo nas bases comerciais e técnicas do comércio de produtos agropecuários. 

A corrente de comércio de bens entre o Brasil e o Reino Unido ultrapassa os 6 bilhões de dólares. Desse montante, quase 2 bilhões de dólares correspondem às exportações do agronegócio brasileiro. Os principais produtos exportados pelo Brasil são as carnes, soja, produtos florestais, café, frutas, açúcar, etanol, sucos e muitos outros. O potencial de diversificação da pauta exportadora é significativo e deve ser atenciosamente observado pelo setor produtivo brasileiro. Afinal, muito além dos valores envolvidos nesse comércio, trata-se de um mercado que dá visibilidade aos produtos brasileiros no mercado internacional.