Produto para exportação

Todo empresário tem claro na mente o produto que vende. No mercado nacional, isso faz total sentido pois a sua mercadoria está inserida em um contexto cultural, econômico, social e geográfico. Mas será que compradores estrangeiros que não conhecem sua empresa e não falam o mesmo idioma conseguem compreender exatamente o que você vende? Logo, é importantíssimo saber identificar o seu produto para exportação.

Uma etapa fundamental para encontrar os destinos certos para o seu negócio é identificar o seu produto nos padrões internacionais. Em outras palavras, existem nomenclaturas, termos e sistemas que descrevem e classificam a mercadoria com uma série de características para facilitar as negociações comerciais.

Esta padronização permite conectar o seu produto para exportação ou serviço à compradores dos mais diversos países por meio de códigos e categorias. Dessa forma os clientes sabem exatamente o que você exporta e as certificações exigidas.

Caso não saiba o código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), basta inserir a descrição no campo de pesquisa. Em seguida, navegue pelas opções até encontrar a descrição que mais se encaixa com seu produto.

Principais sistemas para classificação e registro de produto para exportação:

produtos para exportação

Sistema Harmonizado (SH)

É o sistema de classificação de mercadorias utilizado globalmente para ajudar a identificar os produtos no comércio internacional. Portanto, a sua principal função é classificar as mercadorias de acordo com sua natureza, uso e propriedades para garantir que as tarifas alfandegárias sejam aplicadas de forma justa e precisa. Além disso, ajuda a garantir a transparência pois todas as partes envolvidas sabem qual é a classificação e as tarifas aplicáveis a cada produto.

Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)

Baseada no Sistema Harmonizado, a NCM incluiu algumas adaptações para o Mercosul, bloco econômico composto por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Esta ferramenta apoia as relações comerciais entre estes países e promove a transparência. Exportar dentro de um bloco econômico traz benefícios como redução de tarifas, entrada facilitada em novos mercados, maior previsibilidade nas negociações e compartilhamento de conhecimento.

Você Sabia? Exportar para países membros do Mercosul pode ter o processo de adaptação e envio de produto facilitado devido à proximidade geográfica e aos acordos comerciais.

Siscomex

O Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) foi criado pelo governo brasileiro para controlar e monitorar as operações de comércio exterior. Portanto, permite que as empresas realizem negócios de forma mais eficiente e dá mais transparência pois acompanha todas as etapas do processo. Nele estão registradas todas as informações de exportadores, com dados sobre emissão de documentos, controle de pagamentos, liberação de cargas, entre outros.

Importante: Todo exportador precisa se cadastrar no Siscomex para enviar produtos ou fornecer serviços para outros países.

RADAR

Operado pela Receita Federal, o Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros é essencial para habilitar negócios a iniciar o processo de comércio exterior. Por meio dele a empresa comprova que está legalizada e tem condições técnicas de operar uma exportação. Possui diferentes modalidades que variam com o fluxo de comércio exterior da empresa. O empresário pode ter o auxílio de um despachante para fazer o processo.  

Importante: A habilitação no RADAR é obrigatória para atuar em comércio exterior.

Incoterms

Sigla em inglês para “Termos Internacionais de Comércio”. É um conjunto de 11 regras que estabelecem em uma linguagem comum as responsabilidades e compromissos do importador e exportador em uma negociação. As funções de cada um no processo variam de acordo com o Incoterm definido na negociação. Por exemplo, os Incoterms definem quem fica a cargo de pagar o frete, o seguro e impostos, além de estabelecer o local da entrega e o meio de transporte. 

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